E o Natal está quase aí. Aquele espírito de bondade e compaixão invade todo o ser humano, e nessa época ninguém chuta cachorro pela rua, ninguém xinga o motorista à sua frente e todos resolvem juntar a família naquele jantar especial, regado a muita ave assada e o típico gado na churrasqueira. Tudo muito normal, a não ser quando essa família que resolve se juntar é daquele tipo que só se encontra em velório ou nascimento e olhe lá!
Passam o ano todo sem olhar um na cara do outro e no dia 24 ou 25 resolvem dar as mãos e cantar “Bate o sino pequenino, sino de Belém”. É um espírito de comunhão tão forte, que o pessoal dessa família resolveu utilizar um método nada “partilhável”. Eis que cada família leva o seu, é quase uma festa em churrasqueiras alugadas de clube, várias famílias, mas cada uma no seu quadrado. Esquisito, o objetivo é unir, mas na hora de comer é cada um por si. Sem maiores discussões ou reflexões sobre o assunto, vou encerrando por aqui. Mesmo sendo ultrapassado, eu sempre fico a me perguntar “Então é Natal e o que você fez?”. Ele acha que fez muita coisa errada para merecer um fim de ano com uma tribo tão individualista feito esta em que está inserido.
“Então é Natal [...] num só coração”, mas aquela linguiça ali é minha!
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