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terça-feira, 25 de junho de 2013

Doce lembrança

Por vezes eu me pego gostando de coisas bobas e simples. Ou talvez não sejam tão bobas e não tão simples. Por exemplo, hoje eu me peguei admirando o som da chuva em meu guarda-chuva. O barulho das gotas batendo sobre o tecido me trouxeram memórias da infância, pude voltar ao dia em que eu caminhava de braço dado com minha mãe, dividindo a sua sombrinha, num rápido passeio pelo centro da cidade. Em seguida, chegar em casa meio úmido, trocar de roupa após tomar aquele banho quente e ter a minha espera um achocolatado quentinho com aquele pão feito em casa. 

Memórias, queridas memórias, o que seria de mim sem elas. 

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Inocente

Uma inocência perdida, talvez nunca adquirida. Os anos se passaram, e a certeza completamente incerta de que algum dia algo terrível pudesse acontecer. Como naqueles filmes cheio de adolescentes rebeldes, garotos-problemas, jamais seria imaginável que um dia alguém tão próximo faria jus ao jargão "A vida imita a arte". 
Por outro lado, a ideia de que "as coisas acontecem por uma razão" martela cada vez mais forte. Ela não consegue ter filhos, por quê? Talvez a resposta esteja aí, talvez essa "inocência perdida" seja a criança que ela deveria ter. O universo não faz as coisas à toa. Será preciso agora resgatar, restaurar ou instaurar a inocência, tão necessária para que se cresça sem maiores problemas.   

terça-feira, 4 de junho de 2013

Diversas Saudades

     Ainda posso me lembrar de quando entrei naquele apartamento vazio. Só alguns móveis haviam fica para trás. A sensação de vazio também era por dentro. 
     - Essas coisas eles quiseram deixar para você. Você quer? 
     Parecia até a divisão de um testamento, quando alguém parte o outro plano e os bens materiais ficam para serem partilhados por aqueles que ficaram. 
     - Sim, eu vou querer. Será útil. 
     As lágrimas não vieram, nem a tristeza ousou chegar, porque eles não haviam partido para o outro plano, mas haviam partido para outro lugar, para ter outra vida, uma muito melhor do que esse país teria a ofertar. A saudade aperta, por vezes machuca, mas não destrói. 
    Quando a saudade bate em seu coração, ele se lembra das tardes tomando um café delicioso e jogando conversa fora, lembra também do valente menino sempre prometendo vingar-se dele (uma demonstração de afeto nada convencional), e quem disse que ele gosta do que é convencional? Ele também se lembra daquele sotaque para dizer "Robin" e dos diversos conselhos recebidos: "seu pelotudo" e da culinária impecável. Lembra do pequeno loiro (que de pequeno é só o apelido), que é um grande menino - em tamanho  e em coração - sempre dizendo a seu modo "gosto de você". E claro, lembra-se dela e de sua inteligência ímpar, que o causa tanta admiração, de sua humanidade invejável, de seus conselhos poderosos e de seu ombro largo que aguentou tantas vezes o peso das lágrimas dele. Daqueles olhos azuis penetrantes e de sua pele rosada. 
       E ainda há aquela da voz grave e poderosa, da risada contagiante, a nossa mulher da cor do pecado, que foi adotada como parte da família também, e ele a tem como se fosse uma irmã, ora fazendo papel de mais velha ora mais nova. Quase esposa ela foi também, imaginem só. Tudo para que todos pudessem, lá, juntos ficar.
      Agora essa família finalmente lá está, essa família que ele escolheu ser dele. E apesar de estarem lá, ele sempre sente como se estivessem aqui. Se vive, se cresce, se amadurece e sobrevive a cada dia, é pela certeza do momento da reunião estar próximo. Ele sente muita falta de tomar aquele café e das horas perdidas em deliciosas conversas. 
       O momento agora é o de esperar, o momento agora é o de relembrar. Se a saudade existe, é porque os momentos vividos foram ótimos e intensos. Se a saudade aperta, é porque ainda ama, mas ela [a saudade] não é ruim, mesmo quando dói, ela só mostra que existe um pedacinho dele que foi embora também, deixando um espaço vazio na rotina e um marca no coração. Mas tudo muda, e ele também vai mudar, não é mesmo?! =D
        Au revoir ou melhor à bientôt!

image from: juntosnoquebec.blogspot.com

domingo, 2 de junho de 2013

Hoje é domingo!

Hoje é domingo e, além de ser o dia oficial da depressão, ainda há outro agravante: amanhã voltam as aulas. Não, você não teve um derrame e está lendo errado, foi exatamente isso o que eu disse AMANHÃ VOLTAM AS AULAS. As minhas, pelo menos. 
Fui querer brincar de ser intelectual e fazer Federal, no caso, Tecnológica Federal. Ano passado teve greve (ah, sério?!) e agora estamos começando em Junho o que era para ter sido o primeiro semestre de 2013. Em outras palavras, até dia 15 de maio eu ainda estava em 2012. 
Agora além dos Chineses e Judeus, nós, "federandos" também temos um calendário diferente daquele de todos os outros mortais. Enquanto metade do Brasil celebra Festa Junina, eu estou celebrando o Ano Novo, quero dizer, Carnaval (ou o fim dele). 
Só sei que amanhã será  um "Mãããããe, eu não quero ir pra escola hoje... fala que eu tô doente". 

image source: I don't wanna go to school tomorrow (tumblr)