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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Tentei fazer uma canção

Eu queria muito te escrever uma canção
Mas eu tentei fazer as palavras saírem do coração
Procurei por versos, rimas,
Queria alguma sensação
Mas no final, não consegui nem poesia nem som

Então deixei a ideia de lado
Procurei não forçar a situação
E numa noite dessas
Sonhei com tudo
Inclusive poesia e som
Ao acordar, uma frustação
Não lembrava de nada
Só me restava a sensação

Sonhei que eu cantava minha canção
Você sorria, emocionado, eu sei que toquei seu coração
Tudo era branco, uma paz
Todos choravam de emoção
Mas eu acordei, não lembrava da canção

Tentei muito lembrar cada verso
Melodia
Som
Não adianta, não consegui te escrever minha canção
Espero que entenda
Não desistirei não
Um belo dia eu sei
Vou te escrever uma canção

Saudade aperta o coração 
Mas eu não vou desistir não 



quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Revendo "A dama na água"

Eu já mencionei por aqui que não me considero crítico (especialista) em nada. Quando comento sobre filmes e música, deixo apenas minhas sensações. Dito isso, vamos para a conversa de hoje. 

A DAMA NA ÁGUA 

http://movies.radiofree.com/reviews/ladyinth.shtml

Lançado em 2006, A dama na água (Lady in the water) é um filme do diretor M. Night Shyamalan - que também dirigiu O sexto sentido - e que acabou me surpreendendo. Como já sabem, adoro filmes de terror/suspense e, na época, recordo-me de que o trailer passou uma ideia de que seria um filme do gênero. Eu não poderia estar mais enganado. 

Sendo curto e grosso: é uma fábula. Fugindo do tradicional, o filme não nos tenta convencer de que é uma fábula, ele simplesmente segue o fluxo como se tudo aquilo fosse normal. Eu confesso que demorei a perceber isto, passei mais da metade do filme esperando aparecer algum fantasma ou algo parecido. Depois de muitos estranhamentos, quando o filme chegou ao fim eu me peguei com o olhos marejados. Exagero? Pois que seja. 

No geral, o filme foi muito apedrejado e não vou discutir esta questão aqui. Não me interessa mesmo. O fato é que depois de O sexto sentido, acredito que muitos pensaram que todos os filmes dele seguiriam a mesma linha. 

Há um quê de mistério nos filmes de Shyamalan (pelo menos nos que eu assisti), mas passa longe de ter aquela tensão que causa os famosos sustos nos espectadores. 

Por que os estranhamentos? Os personagens aceitam muito fácil a situação fantástica que o filme apresenta: ninfa do mar, criaturas da floresta, águia gigante. Então eu paro e penso, em fábulas ou contos de fada acontece a mesma coisa, animais falantes, árvores falantes, tudo é tido como algo natural, a diferença é que estes são geralmente animações/desenhos e A dama é com gente de carne e osso. 

O que me surpreendeu mesmo foi a história, e é bem simples: humanos e seres do mar perderam o elo de comunicação e ao perdê-lo, por culpa dos humanos, o mundo dos homens tornou-se ganancioso e descontrolado, com guerras e destruição. No entanto, os seres do mar nunca desistiram de tentar se comunicar com eles. Manda uma criatura para a Terra vez ou outra com uma missão e depois esta criatura precisa voltar para casa. Claro que nem tudo é tão simples assim.

O filme trata-se de fé, sem ela, nenhuma personagem teria seguido em frente para ajudar a ninfa a retornar para o seu mundo. Trata-se também de conexão/cooperação, sim, estamos todos conectados de certa forma e cada um pode contribuir para o bem geral. Para ajudar Story (a ninfa) a retornar para casa, é preciso encontrar um curandeiro, sete irmãs, um guardião (e devo estar esquecendo de algo) e cada um exercendo a sua função, contribuem para um alvo em comum, ajudar o próximo. 
"Obrigado por salvar a minha vida"
"Obrigado por salvar a minha vida"
http://www.fanpop.com/clubs/m-night-shyamalan/images/1027044/title/lady-water-screencap

Não posso deixar de mencionar as coincidências. Muita gente acredita que elas não existem, tudo acontece pois já estava traçado. E no filme, a maior coincidência de todas foi quando descobriram quem era o verdadeiro guardião, aquele que poderia derrotar a fera que tentava aniquilar Story. Ele apareceu no momento exato! Parece incrível não é?! Mas quantas vezes isto não acontece conosco? 

Alguns acreditam e outros não, mas viemos ao mundo com um propósito e vamos descobrindo sobre isto no decorrer de nossa jornada. No filme, personagens que pareciam "inúteis" (digamos assim) são extremamente necessários para o desenrolar da grande tarefa: ajudar Story a voltar pra casa. Em outras palavras, todos temos nosso propósito neste mundo, por vezes descobrimos por conta própria e outras vezes alguém nos ajuda a perceber a nossa importância. 

E os meus olhos marejados? Quando a última cena ocorreu, tomadas vão mostrando todos aqueles que foram responsáveis por aquele desfecho. Eu me dei conta desta corrente de pessoas do bem, praticamente estranhas umas para as outras, mas unidas por um propósito. É como quando a gente vê aqueles vídeos "recuperando a fé na humanidade". Parece frívolo ou simples demais para me emocionar, mas me emocionou.

http://www.fanpop.com/clubs/m-night-shyamalan/images/1027068/title/lady-water-screencap
O filme tem falhas? Deve ter. Assim como eu falei no post sobre "The veil", eu gosto mesmo é da experiência, para mim, ela foi boa. Ver e rever este filme foi uma surpresa boa.  

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Shakira - Duetos (parte II)

Vamos dar continuidade ao nosso especial Shakira! E já começo com um tiro no coração (ao menos para mim).

SHAKIRA E MIGUEL BOSÉ
https://www.youtube.com/watch?v=_nb0mouZBhw
O dueto foi uma regravação da canção Si tú no vuelves, lançada em 1993, do próprio Miguel. A original pertence ao disco Bajo el signo de Caín (1992) e a regravação é do Papito (2007). Para mim, esta é uma das músicas mais tristes já criadas, tanto pela letra quanto pela melodia. Quem me apresentou foi um amigo muito especial que já não está mais entre nós. Sendo assim, muitas lembranças. Ouve aí e me diz. 

 

SHAKIRA E IVETE SANGALO
https://noticias.bol.uol.com.br/fotos/entretenimento/2014/07/16/em-poucos-passos-copie-os-cabelos-de-ivete-sangalo-e-shakira-na-final-da-copa.htm
Finalmente! Talvez fosse um dueto muito esperado pelos fãs. Duas musas latinas unidas. E provavelmente, muitos conheçam a faixa. Shakira foi chamada a fazer uma participação no disco de Ivete Sangalo, o Real Fantasia (2013). Teria todos os ingredientes para ser um hit, mas problemas de autorização impediram o dueto de figurar na versão física do disco, ficando apenas como faixa-bônus na versão digital. A letra não me agrada muito, poderia ser mais explorada, mas para se dançar, não tenho do que reclamar. Ivete e Shakira pedem e repetem "dançando, dançando, dançando" e fica meio difícil de ficar parado. Teve clipe, mas infelizmente foi sem Shakira. 



SHAKIRA E BEYONCÉ
http://weheartit.com/entry/99393119
Outra combinação explosiva lançada em 2017. Beautiful liar foi um belíssimo diálogo entre Beyoncé e Shakira. A americana até aprendeu a fazer uns movimentos de dança do ventre para o clipe. A música é uma bela mistura do R&B e hip hop de Beyoncé com os elementos latinos e arábicos comuns em Shakira. As duas descobrem que estão sendo enganadas pelo mesmo homem. Ao invés de brigar, resolvem se unir e não perder a amizade e percebem que não vale a pena se desgastar por este "belo mentiroso". A música está na reedição de B'day (2006). Um versão que misturava o espanhol também foi lançada, mas sem Shakira, chamada Bello embustero. 



E aqui termina a parte dois. Apesar do começo entristecido, terminamos cheios de alegria com dois duetos para se dançar. Fiquem ligados que logo mais teremos a continuação. Shakira e seus duetos daria um CD inteiro. 

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

E eu te vi

E eu te vi adoecer. Seu olhar foi ficando triste, parecia não haver mais vontade de viver. Sentar, levantar, andar, correr e dançar. Tudo tornou-se uma tarefa árdua. Tua rotina agora era comer, dormir e a dor suportar.
E eu presenciei tua mudança de humor. Tua tranquilidade e serenidade deram passagem à agressividade e rispidez. Desconfiei que algo estava errado, mas não imaginei que seria algo tão amargo.
E eu vibrei com a tua tentativa de dar a volta por cima. Você arregaçou as mangas e praticamente deu o seu grito de independência: “A dor eu controlarei e minha vida eu reerguerei.”
E eu vi seus sonhos se desmancharem feito papel molhado. Foi quando seu corpo já gritava que dali em diante, ele não funcionava.
E eu te vi perdendo a fome. E eu te vi perdendo a luz. Você tentou e tentou e tentou. Para não dizer o quanto lutou. Teu corpo já não suportava, e sua alma agora se libertava.
E eu te vi definhar. Aquele corpo naquela cama não era mais teu, eu não podia mais te reconhecer naquela casca. E então eu rezei...
Pedi por tua liberdade, por tua saúde, por tua reconquista, seja lá como tudo isso seria adquirido. Eu só precisava te ver novamente feliz.
E eu te vi partir. Abandonou aquela casca enfraquecida, frágil, sem vida.
E eu te vi sorrir. E eu te vi dançar. E eu te vi fazer tudo o que sempre quis. Sei que algumas vezes você vem me visitar. Sei que algumas vezes eu fico a chorar. Sem dor, sem tristeza. O que persiste e o que dura é o amor, a saudade e a certeza. Sim, estou certo de que agora você está livre, saudável e no comando da tua vida.
E eu finalmente aprendi... 


quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Eu e os filmes de "medo"

Eu não sou crítico de cinema e muito menos vejo filmes assim: “oh, a direção de arte está belíssima”, “oh, a fotografia está incrível”. No máximo eu digo “gostei da trilha sonora e os atores foram bons”.
Constantemente eu penso que tudo aquilo de que gosto, as pessoas odeiam e vice-e-versa. Falta senso crítico em mim? Talvez. Eu gosto mesmo é da experiência, se está me fazendo bem ou não. E assim eu fui assistir a um filme chamado “The Veil” (em português ficou “A Seita”), tem na Netflix para os curiosos.
https://gruesomemagazine.com/2016/01/27/the-veil-2016-much-ado-about-nothing-much-at-all/
Confesso que meu critério para escolher um filme geralmente se baseia em quem está no elenco, não por qualidade do ator, mas por empatia minha. Adoro Penélope Cruz, Natalie Portman, Angelina Jolie, Julia Roberts, Nicole Kidman (a lista é grande), se vejo seus nomes na capa de algum filme, vou atrás. E aconteceu que Jessica Alba e Lily Rabe estrelam este filme (Jessica tem me decepcionado um pouco, confesso).
Outro critério é favoritismo. Adoro filmes de terror e suspense, não pelos sustos, mas pela tensão. Aí entra a questão da experiência: filmes destes gêneros me conquistam quando me prendem psicologicamente. Sustos aleatórios e gratuitos não me convencem mais. Sangue jorrando (cenas de nojeira, como eu costumo dizer), tampouco. A propósito, eu nem me assusto mais nestes filmes, pois são muito previsíveis.
No caso do “The Veil”, em determinada cena havia um cadáver em decomposição, as pessoinhas que encontraram o corpo acabaram cobrindo com um plástico branco. Então a protagonista (Lily) fica ali, sentada, olhando pro cadáver (sozinha, óbvio) e falando coisas. Eu pensei “este corpo irá se levantar em 3, 2, 1...” e não deu outra. Susto? Não em mim.
https://www.pophorror.com/review-the-veil-2016/
Se eu gostei do filme? Sim, gostei (esperando a enxurrada de pessoas dizendo que o filme é uma porcaria). Mas por que eu gostei? De fato, o filme não é bom, têm cenas um pouco forçadas, fracas demais, porém o interessante para mim foi a história mesmo, pegaram um fato “real” (existiu uma seita chamada Heaven’s Gate, a do filme é Heaven’s Veil) e inventaram uma explicação/continuação para aquele suicídio coletivo que ocorreu. E foi aí que eu gostei. Mesmo sendo uma coisa muito alucinógena, a ideia me agradou. Uma coisa meio “The skeleton key”. Eu assistiria ao filme novamente? Talvez.
Eu sinto falta de filmes como “The others” e “The conjuring”, em que o terror/suspense é sugerido e não escancarado, pois odeio quando fica aparecendo a assombração. Eles tentam deixar a criatura medonha, mas fica muito artificial. No Invocação do mal (The conjuring), pelo menos na primeira parte do filme, você fica super tenso, pois nada é visto, você apenas ouve barulhos (e não é assim que acontece conosco na maioria das vezes?). Aliás, nada contra filmes de susto e assombrações medonhas, até assisto. Mas eu já sei o que me aguarda em cada cena.
“The Veil” ou “A Seita”, como preferir, decepciona por ser um filme mal executado, mas mesmo assim me conquista por sua história (mesmo que apresente algumas falhas), pois me mostrou algo que estamos vendo o tempo todo, o fanatismo religioso, a crença de que um líder detém todo o poder e sabedoria, fé cega que levou e leva pessoas a fazerem coisas absurdas, como morrer ou matar, acreditando que terão vida eterna, etc., etc., etc. A propósito, o ator que faz o líder religioso (Thomas Jane) está de parabéns por sua atuação. E Lily Rabe nem preciso comentar.
https://nevermore-horror.com/the-veil-review/
Vale a pena ver o filme? Digo que sim. Mas ele não irá causar nenhum impacto em sua vida. Falar em impacto, lembrei do “The Poughkeepsie Tapes”, mas isso fica pra outra hora.  

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Shakira - Duetos (parte I)

Desde 2016 sem aparecer por aqui! Nada melhor do que retornar ao "trabalho" falando de Shakira.

Sim! Ela vem ao Brasil novamente! Agora com a turnê El Dorado, para promover o álbum homônimo. 

Para acalmar a minha ansiedade, vamos falar sobre as músicas dela. Na realidade, vamos falar sobre os seus duetos. 

Imagem: https://www.portalshakira.com/shakira-anuncia-retorno-aos-palcos-para-2018/
Se você não conhece a Shakira, ótima oportunidade para conhecer um pouco de seu trabalho. Acredito que a maioria das músicas aqui, apesar de tocadas em rádios e serem singles oficiais, sejam desconhecidas do grande público (aquele que só conhece Estoy Aquí e Hips Don't Lie). Aliás, esta última também é um dueto e por motivos óbvios [foi tocada 9.637 vezes em uma semana em rádios americanas], deixarei de fora da lista. Vamos começar?

SHAKIRA E ALEJANDRO SANZ
Imagem: https://www.portalshakira.com/shakira-no-novo-album-de-alejandro-sanz/
Quando citamos estes dois nomes, pensamos logo em La Tortura. Pois bem, Shakira convidou o cantor espanhol para participar deste hit de 2005, que faz parte do disco Fijación Oral vol. 1. Um tempo depois, ela aparece no disco de Alejandro (El Tren de Los Momentos) com a faixa Te lo agradezco, pero no.  A canção é o oposto de La Tortura, até porque a dupla não queria que fosse uma continuação de 2005 (uma La Tortura 2). De acordo com Alejandro, foi Shakira quem o procurou e disse "quero cantar esta música", já que ele declarou que jamais a chamaria para um dueto após La Tortura, justamente para não parecer "hey, eu cantei em seu disco agora cante no meu". A música foi muito bem recebida pela crítica. O ritmo é romântico e sensual. Vale a pena! 



SHAKIRA E MERCEDES SOSA
Imagem: http://angelicaitalia.blogspot.com/2014/02/concierto-alas-shakira-mercedes-sosa-la.html
Aqui eu fico sem palavras. O dueto aparece no disco Cantora 1 da argentina Mercedes Sosa. A canção é, na verdade, um cover de Sílvio Rodriguez. As duas subiram ao palco do concerto beneficente ALAS (América Latina em Ação Solidária) para interpretar a música. Uma letra forte, gerando reflexão e emoção e com interpretações igualmente fortes e emocionantes.


Vou ficando por aqui, acho que para retornar às atividades, duas canções estão de bom tamanho. Logo eu escrevo sobre a parte II, com mais duetos de Shakira. Espero que tenham gostado. Até a próxima!