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quarta-feira, 9 de março de 2011

Turista

Ele esteve em outro mundo. Sentiu como se tivesse sido sugado por uma máquina do tempo e jogado através de um túnel até o passado. Sem edifícios, sem muitos automóveis, mas muitos animais livres e grande quantidade de um verde assustadoramente selvagem. 
Se por um lado a paisagem parece relaxante, por outro pode ser frustrante. Alguém pode relaxar em um lugar assim quando sente vontade de ir até lá, mas quando se vai contra a sua vontade, até o soprar do vento incomoda. E ele ainda se pergunta como aquela gente viveu até poucos meses atrás usando uma latrina ao invés de um civilizado banheiro. Ainda bem que resolveram se modernizar, do contrário, ele teria voltado a pé ou então com o transporte local: carroça. Mas ali sem um decente lavabo ele não ficaria. 
Demorou para se acostumar com o jeito ligeiro e diferente com que aquele povo se comunicava. Santa linguística que o deixou curioso sobre as peculiaridades da fala humana e ele achou aquele jeito de falar interessante, passou a prestar atenção e com isso se distraiu até chegar a hora de ir para casa.
Voltar a ouvir as buzinas dos carros, sentir aquela luz artificial da cidade em seus olhos, aquela euforia das pessoas andando pelas ruas e pensar que aquilo é um caos o fez sentir-se reconfortado, sentia-se em casa novamente, sentia paz em meio a baderna... mas ele sentia, é o que importa.

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