Todo dia tem alguem fazendo aniversário, no mundo dos famosos não pode ser diferente. Nesta semana, além da belíssima Angelina Jolie, tivemos o aniversário de Alanis Morissette (01/06). Apesar de adorar as duas - e Jolie merecendo um caminhão de homenagens -, eu dedicarei a postagem de hoje (por razões óbvias) à cantora canadense.
Conheci Alanis lá na época em que ela tinha lançado "Thank U", tocava nas rádios e eu ouvia, também nem fazia ideia de quem era, mas o som agradava (na época eu deveria ter uns 11 anos). Fui realmente prestar atenção e virar fã depois que uma amiga minha, no ensino médio, me emprestou o "Under Rug Swept". Depois disso foi só correr atrás da discografia.
Eu gosto dela, principalmente, por suas letras. Depois que fiquei um pouco mais avançado no inglês, consegui ver a beleza de suas composições (confesso que ainda têm algumas que preciso de dicionário para compreender). E aí está a beleza de Alanis, seu jogo de palavras, suas metáforas, seu jeito de expressar suas ideias.
E para homenagear seu aniversário, irei fazer um apanhado sobre as músicas que nomearam os seus discos. Sim, caso você não tenha notado, os nomes de seus álbuns são retirados de trechos de alguma canção (eu acho isso genial, você não?).
E para homenagear seu aniversário, irei fazer um apanhado sobre as músicas que nomearam os seus discos. Sim, caso você não tenha notado, os nomes de seus álbuns são retirados de trechos de alguma canção (eu acho isso genial, você não?).
1995
O disco que catapultou Alanis para o cenário mundial, e que até hoje é um dos queridinhos dos fãs.
Faixa: You Learn (1996)
Trecho: "Swallow it down (what a jagged little pill)"
Foi o quarto single do álbum e fez enorme sucesso. A música é uma das minhas favoritas também. Conheci primeiro na versão do "Unplugged MTV", porém, quando escutei a versão original, fiquei viciado. Se você gosta de metáforas, a música é um prato cheio. Se você está meio para baixo e precisa se animar, a música te ajuda, porque "você vive, você aprende, você chora, você aprende, você perde, você aprende". A melodia da canção já dá um up, gostando dela ou não, você vai acabar se mexendo um pouco na cadeira.
Provavelmente, a maior parte das músicas da Alanis que você conheça (com exceção dos fãs), está neste disco.
1998
Alanis, com o susto da fama "repentina", se refugia para a Índia e volta mais introspectiva do que nunca. É considerado um álbum mais sombrio e misterioso da cantora. É daqui a famosa "Thank U".
Faixa: So Pure (1999)
Trecho: "So pure such an expression / Supposed former infatuation junkie"
A primeira vez que ouvi, nem acreditei que pudesse ser uma música da Alanis, não sei dizer o motivo. O vídeo? Até hoje fico pensando se era a cantora nele (brincadeira). Alanis dançarina e encarnando diversas personagens. Claro que é uma típica faixa de Morissette, com suas guitarras e baterias. Os vocais, mais harmônicos (podemos dizer assim), uma vez que em seu disco de 1995 parecia que ela estava nem aí para eles, poderia desafinar e estava tudo bem. A rebeldia perfeita. Minha parte favorita da letra "Let's be outspoken, let's be ridiculous" (algo como "sejamos francos, sejamos ridículos").
2002
Depois do acústico lançado em 1999, Alanis volta com um disco escrito e produzido somente por ela. Mais um sucesso na carreira da cantora.
Faixa: Hands Clean (1999)
Trecho: "What part of our history's reinvented and under rug swept?"
Primeiro single do disco, Alanis fala do romance proibido entre uma menor de idade e uma pessoa mais velha. Depois ela confessou que a letra se trata de algo vivido por ela mesma quando tinha 14 anos (se eu muito não estou enganado). De um modo geral, fala de um relacionamento que se foi e dos efeitos que ainda causa nas pessoas apesar do tempo ter passado. No vídeo, Alanis mostra todo o processo de composição, gravação e lançamento de um disco. Muito genial também.
2002
O disco faz parte da seção de "compilações" da cantora, porque apesar de trazer músicas inéditas (a mais famosa pode ser a "Offer", trilha sonora da novela "Celebridade" da Rede Globo), ele é composto por b-sides e faixas que ficaram de fora do "Under Rug Swept", fazendo jus ao título dele.
Faixa: Bent For You (2002)
Trecho: "Several hours and several ways I'll feast on scraps thrown from you"
Não teve nenhum single lançado oficialmente. A faixa que traz o nome do disco, certamente, é uma das minhas favoritas nele. Aliás, este disco é um favorito (todos são), mas ele tem algo que me encanta muito, talvez pela cara de b-sides mesmo, não sei explicar. O título do álbum seria algo como "festa com as sobras" (por isso falei sobre fazer jus). Ele tem apenas 09 faixas, eu já gostei dele logo nos primeiros segundos. E Alanis vive cantando uma ou outra desta compilação em seus shows. Vale a pena.
2004
Neste disco temos uma Alanis muito mais calma e relaxada do que nos anteriores. Quando comparado aos antecessores, este álbum teve um sucesso relativamente baixo.
Faixa: So-Called Chaos (2004)
Trecho: "I want to invite this so-called chaos, that you'd think I dare not be"
Neste caso, temos algo mais explícito, a faixa recebe o título que por sua vez dá nome ao disco. Apesar dela querer invocar este "suposto caos", as faixas são mais tranquilas, parece até que foi neste disco que ela acabara de voltar da sua incursão espiritual pela Índia. A faixa tem todos os elementos sonoros que já vinham aparecendo em suas canções: estrofes calmas e refrão agitado, fora os elementos orientais. A letra fala sobre essa nossa correria da vida, prazos, reuniões, doenças causadas pelo estresse. Alanis causou impacto ao lançar o primeiro single "Everything" no qual aparece cortando os seus cabelos compridos (sua marca registrada).
2008
De sucesso moderado, temos um disco em que Alanis começa a flertar com sintetizadores e uma pegada mais eletrônica. Alguns críticos apontam como um disco menos original de Alanis Morissette.
Faixa: Moratorium (2008)
Trecho: "I do need a breather from the flavors of entanglement"
Já fã declarado de Alanis, neste álbum tive uma leve estranheza sim (pelos elementos eletrônicos), no entanto, gosto muito dele. A faixa que dá nome ao disco é algo que eu jamais pensei em ouvir Alanis fazendo, algo mais dançante, eu diria. A cantora diz que a faixa é sobre o momento em que se toma a decisão de parar de cometer os mesmos erros. (No meio tempo antes de lançar este disco, Alanis colocou no mercado uma versão acústica do "Jagged Little Pill", comemorando os dez anos dele e também lançou a coletânea "The Collection").
2012
Chegamos ao oitavo disco da cantora, quatro anos de ausência. Primeiro disco dela fora da gravadora Maverick Records (aquela gravadora da Madonna, sabe?). Alanis casou, teve filho e estava num momento bem menos revoltado em sua vida. Muitos ainda sentem falta daquela Alanis de 1995. Vamos combinar, ela tinha 21 anos, as coisas mudam.
Faixa: Havoc (2012)
Trecho: "I'm wreaking havoc and consequence"
De todos, este é o que menos segue a tendência. Pois o nome do disco é todo tirado de um conceito inteiro do álbum e não apenas de um trecho inteiro da música (lembrando que os nomes dos álbuns refletem a ideia do todo, este não é um caso isolado). Neste disco, ela está totalmente mais "feliz" do que nos outros. A faixa "Havoc" é mais melancólica, mas também o seu conteúdo justifica.
Termino aqui a minha homenagem à esta cantora que faz parte de minha vida, que me ensinou inglês (hehehe) e que continua a me encantar em cada trabalho que faz. Se você gosta de boas letras, e caso não conheça Alanis direito, vá atrás de alguma coisa dela. Comece procurando pelos singles e depois você decide se quer ouvir as outras.
Ela é mais um exemplo de cantora que eu fico sem conseguir eleger apenas 01 favorita. Claro que tem canções que me encantam mais do que outras, mas cada uma tem seu valor. Que venham mais oito álbuns multiplicados por 80. Não pare nunca de fazer música, Alanis.
imagens:
gotceleb.com
en.wikipedia.org
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