Eu não tenho nada contra as crenças da galera, mas tem certas coisas que me deixam embasbacado.
Por exemplo, existe um tal de "Pão de Jesus de Cristo", que por sinal é uma delícia. Com todo respeito, mas eu como até inchar. Leva três dias para ficar pronto e na primeira vez que você o faz, precisa dar um pedaço do pão para alguém que não seja da sua casa. Como resultado, terá sua graça alcançada (nas entrelinhas, você vai ficar rico).
Descobri agora que existe um tal de "Bolo do Padre Marcelo". Pensei que fosse apenas uma singela homenagem ao Padre, mas o ler a receita na primeira frase diz algo assim "Fermento trazido de Jerusalém pelas mãos do Padre Marcelo". Fiquei pensando, e daí que o fermento é de Jerusalém? Continuei a ler a receita. O tal bolo também leva três dias para ficar pronto. Fui correndo os olhos pelo papel e diz no final que ao tirar do forno tem que rezar não sei quantos Pai-Nossos e algumas Ave-Marias. E o tal fermento, é passado de pessoa à pessoa (tipo esses e-mails de corrente, que se iniciou em 1500 e nunca foi quebrada e agora você está recebendo passe adiante, etc e tal). Lá em casa, tem um pratinho com o tal fermento, que diz a lenda, trazido de Jerusalém pelas mãos do Padre Marcelo.
Volto a dizer, não sou contra as crenças, mas precisava isso? O tal bolo também diz que traz fortuna para o lar. Não exatamente com essas palavras, mas diz algo com "graças desejadas" ou "merecidas", e vai me dizer que pessoinha não pensa em grana nessas horas?! Hein, hein?! (Eu penso)
Isso me faz pensar que daqui alguns mil anos, essa história de Pão de Jesus (gostoso) e do Bolo do Padre Marcelo (milagroso) vai virar lenda, tipo essas histórias narradas na Bíblia. Um belo dia será dito que Pão e Bolo fizeram milagres em suas épocas e que se duvidar, as pessoas daqui alguns mil anos terão um exemplar desse fermento trazido pelas mãos do Padre.
Sinceramente, se eu quiser ter uma graça alcançada, ao tirar da prateleira do mercado meu pacote de trakinas eu rezo um Pai-Nosso mais uma Ave-Maria e meu desejo será alcançado ao passar pelo caixa e abrir o meu pacote!
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terça-feira, 24 de junho de 2008
segunda-feira, 23 de junho de 2008
Memórias...
Existe coisa melhor que comida de mãe? Sim, comida da Vó! Mas acho que as duas ali competem, ou melhor, nem existe a menor possibilidade de entrar em competição os dotes culinários de mulheres tão importantes em nossas vidas. Acho que Vó e Mãe se complementam, cada uma com seu jeito peculiar de preparar coisas gostosas pra gente.
Digo isso, pois fui recebido ao chegar em casa, com duas iguarias de mamãe: pão caseiro e empadão. Eu juro que tentei experimentar outros empadões em tudo quanto foi canto, mas nenhum conseguiu superar esse empadão. A massa, o tempero, o amor contido ali, faz com que tenha um sabor inigualável e sem qualquer possibilidade de imitação.
E o que falar sobre o pão caseiro? Bem, quem já experimentou sabe bem do que estou falando, sabe que não estou exagerando ao elogiar o pão que mamãe sabe fazer, não consigo encontrar adjetivos capazes de descrever quão saboroso é esse pão!
Minha irmã foi visitar meus pais em SC, e voltou com esses "quitutes" maravilhosos. O melhor de tudo foi saber que ela se preocupou em nos enviar um exemplar de cada. Sabendo que os filhos aqui, sentem falta de sentir o cheirinho do pão saindo do forno, sentem falta de ouvir um "Deixa o pão esfriar!!!", "Tira a mão!!!" pois a gente não resistia e sempre ia beliscar.
É incrível como um simples pão caseiro pode me trazer tantas lembranças e ao saboreá-lo eu fecho os olhos e me vejo na mesa da cozinha, rindo à toa com meus pais e irmãos à mesa, todos contando histórias ou relembrando fatos engraçados em nossas vidas.
Creio, que esse pão seja a melhor máquina do tempo já inventada, revisito as memórias a cada mordida.
Digo isso, pois fui recebido ao chegar em casa, com duas iguarias de mamãe: pão caseiro e empadão. Eu juro que tentei experimentar outros empadões em tudo quanto foi canto, mas nenhum conseguiu superar esse empadão. A massa, o tempero, o amor contido ali, faz com que tenha um sabor inigualável e sem qualquer possibilidade de imitação.
E o que falar sobre o pão caseiro? Bem, quem já experimentou sabe bem do que estou falando, sabe que não estou exagerando ao elogiar o pão que mamãe sabe fazer, não consigo encontrar adjetivos capazes de descrever quão saboroso é esse pão!
Minha irmã foi visitar meus pais em SC, e voltou com esses "quitutes" maravilhosos. O melhor de tudo foi saber que ela se preocupou em nos enviar um exemplar de cada. Sabendo que os filhos aqui, sentem falta de sentir o cheirinho do pão saindo do forno, sentem falta de ouvir um "Deixa o pão esfriar!!!", "Tira a mão!!!" pois a gente não resistia e sempre ia beliscar.
É incrível como um simples pão caseiro pode me trazer tantas lembranças e ao saboreá-lo eu fecho os olhos e me vejo na mesa da cozinha, rindo à toa com meus pais e irmãos à mesa, todos contando histórias ou relembrando fatos engraçados em nossas vidas.
Creio, que esse pão seja a melhor máquina do tempo já inventada, revisito as memórias a cada mordida.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Maldade [mode on]
Parece que a mãe da MCDL está gripada. Ela liga em seu trabalho, 8:30AM e pergunta:
-Que remédio você tomou para a gripe?
-Paracetamol, mas era só para baixar a febre. - respondeu ele todo educadinho.
-Ah, vou procurar na farmácia! (tradução: não tem grana! hahaha que pena)
-Tá bom.
-Quanto você pagou? (viu só?! Fato confirmado)
-Não me lembro. Talvez uns doze reais ou menos, não sei.
-Tá. E você vem para casa mais cedo hoje?
Pois ele está desde terça passada chegando em casa mais de 18h, pois sabe que a mãe da MCDL está indo numa trezena de Santo Antônio, ou seja, treze dias cuidando da MCDL??? Nem pensar!
-Depende de como as coisas acontecem aqui no escritório.
-Ah, porque hoje é o penúltimo dia da trezena, e eu não queria levar a MCDL.
-Não sei se conseguirei chegar mais cedo, posso tentar.
Primeiro, se está doente, faça repouso e não vá zanzar num tempo frio cortante que Curitiba vem fazendo essa semana!
Segundo, levou a MCDL todos esses dias, faltam só dois, então, continue levando!
Agora as maldades, foram duas. A primeira foi, ele tem uma caixa de paracetamol na cabeceira de sua cama, ele tomou apenas por dois ou três dias, e ainda deve ter muito comprimido ali. Mas ele não contou essa parte para a rabugenta. A segunda foi (será), ele não vai para casa mais cedo, ela que se vire. Ele tem o seguinte pensamento: "E se eu não morasse naquele apartamento, como ela faria?". As pessoas têm mania de ficar abusando da sorte, finja que ele não existe, se vire e dê um jeito nos seus problemas se baseando no fato "e se ele não estivesse ali?".
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Pego de Surpresa...
De longe ele avista as janelas do apartamento, luzes apagadas. Será que ninguém em casa? Sonho se evaporou, a MCDL estava na sala com as luzes apagadas e tv ligada e tinha uma cara de quem havia acabado de chupar um puta dum limão. A mãe dela na cozinha terminando o jantar. Ele deixa suas coisas no quarto e volta à sala para usar o computador. Coloca os fones de ouvido e dá o play no seriado que havia acabado de baixar. De repente ele ouve um mugido. Pensou ter ouvido coisa, mas novamente outro mugido e mais outro. Ele lentamente dá um pause, tira um dos lados do fone de ouvido e vira para encarar a mãe da MCDL, ele fazendo cara de nada:
-A MCDL pode ficar com você?
“NÃO!” Ele pensou mais que depressa, mas ao invés da resposta sair, ele ficou mudo com cara de nada:
-Você vai sair?
-Não – ele responde, “mas que droga, essa resposta deveria ser para a outra pergunta”.
Enfim, logo após a resposta, ele simplesmente coloca o fone novamente, aperta o play e foge desse mundo. Novamente, outro mugido. Dessa vez, a dona velha está em pé ao seu lado, com um objeto preto não identificado:
-Vou deixar meu celular com você, pois uma amiga vai me ligar porque a MCDL esqueceu sua mochila no carro dela. Daqui alguns minutos, desligue o feijão, vou a novena.
-Alguns minutos, QUANTO?
-Uns vinte.
Ela se despediu e se foi. No tempo indicado ele levantou, se dirigiu a cozinha, fez seu prato e perguntou para a MCDL se ela já havia comido, ouviu um canto jubarte em resposta afirmativa. Ele se sentou, comeu, em seguida foi tomar banho sem se importar com o recado do celular, se tocasse... bem que ficasse tocando, ele não é pago para ser secretário do lar! (Não desse lar!)
-A MCDL pode ficar com você?
“NÃO!” Ele pensou mais que depressa, mas ao invés da resposta sair, ele ficou mudo com cara de nada:
-Você vai sair?
-Não – ele responde, “mas que droga, essa resposta deveria ser para a outra pergunta”.
Enfim, logo após a resposta, ele simplesmente coloca o fone novamente, aperta o play e foge desse mundo. Novamente, outro mugido. Dessa vez, a dona velha está em pé ao seu lado, com um objeto preto não identificado:
-Vou deixar meu celular com você, pois uma amiga vai me ligar porque a MCDL esqueceu sua mochila no carro dela. Daqui alguns minutos, desligue o feijão, vou a novena.
-Alguns minutos, QUANTO?
-Uns vinte.
Ela se despediu e se foi. No tempo indicado ele levantou, se dirigiu a cozinha, fez seu prato e perguntou para a MCDL se ela já havia comido, ouviu um canto jubarte em resposta afirmativa. Ele se sentou, comeu, em seguida foi tomar banho sem se importar com o recado do celular, se tocasse... bem que ficasse tocando, ele não é pago para ser secretário do lar! (Não desse lar!)
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